segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Mapear competências



Para realizarmos uma gestão por Competências temos que obrigatoriamente mapear as competências existentes na empresa e aquelas que necessitaremos no futuro para podermos evoluir e ser competitivos.
Ao realizarmos um mapeamento de competências conseguimos chegar ao Gap de Competências ou seja, a diferença entre as competências que temos e aquelas que pretendemos ter. Alerto que ao termos este gap, se nada for feito ele aumenta com o tempo, um exemplo crítico disso, pela rápida mutação, são as competências nas novas tecnologias, se nada fizermos no que toca a uma pequena diferença existente hoje, a mesma será bem grande amanhã e ai provavelmente o caminho a percorrer para eliminar a mesma será maior.


Ao realizarmos este trabalho devemos manter em mente a composição de competências: conhecimentos, habilidades e atitudes. Por outro lado recordarmos as suas dimensões: essenciais, funcionais e individuais.

Para que possamos mapear competências devemos desde logo ter em mente não só a envolvente interna como também a envolvente externa da empresa, acho crucial em qualquer situação termos sempre uma noção global do que nos envolve.

Para verificar as competências essenciais, aquilo que distingue a empresa da concorrência sugiro um questionário aos clientes externos, deveremos ter aqui o cuidado de perceber que competências são reconhecidas por estes, e aproveitamos para perceber que competências os mesmos pretendem da nossa empresa a curto e médio prazo. Desta forma entendemos de imediato que tipo de competências essenciais existem e quais as pretendidas e necessárias para continuarmos a satisfazer os nossos clientes e a mantermo-nos competitivos no mercado.

Por outro lado devemos também analisar as competências funcionais e individuais existentes dentro da empresa. Devemos procurar as informações especificas de cada cargo que correspondam a competências criticas de sucesso.


Para obtermos a informação necessária podemos recorrer a várias técnicas: realização de entrevistas com os actuais colaboradores a fim de obter a informação dos mesmos sobre que competências os mesmos utilizam, questionário, verificação de incidentes críticos e a realização de observações dos respectivos colaboradores a realizar o seu trabalho.
Sugiro também, por forma a envolver todos na construção deste documento, permitir aos colaboradores no decorrer deste processo, que os mesmos possam informar de quais as competências que acham necessárias para eles e consequentemente a empresa possam estar sempre na linha do sucesso.

Outro passo a dar é o benchmarking de competências, ou seja que competências está a concorrência a utilizar e quais a mesma procura no mercado de trabalho. Devemos estar sempre atentos ao que é feito pela concorrência directa e não só, muitas das vezes as ideias e soluções de sucesso surgem de áreas que nada têm a ver com a nossa.

Reunindo a informação dos nossos clientes internos, externos e através do benchmarking, obtemos a informação necessária para construir um mapa de competências necessárias e utilizadas e comparado estes dois resultado obtemos o nosso gap de competências.

Para criar um mapa descritivo das competências utilizadas e das futuramente necessárias, devemos ter sempre presente dois factos muito importantes, o mapa deve ser revisto periodicamente, por outro lado é o facto desse mapa ter obrigatoriamente descrições inequívocas por forma a que seja interpretado da mesma forma por todos.